
Perder um show de Bob Dylan é o oitavo pecado capital. É imperdoável. Meu amigo Elias Cândido das Neves – que tem o sobrenome do Catulo da Paixão Cearense -, com quem assisti Paul McCartney no Pacaembu, sabe bem disso. Por isso, já me antecipo e me preparo, nem que o Hugo Chavez passe mal, nem que o rei da
Espanha lhe peça desculpas. Eu vou.
Um show de Mr. Zimmerman é tão importante, mas tão importante que até quem não gosta dele deveria ir – para tomar uma aula de boa música e, mais do que isso, para saber por que o mundo da música de hoje é como é. Rodolfo Tokimatsu, poeta de boa lavra, lá de Santo André, é minha testemunha. Portanto, vocês que gostam de rap, pagode, axé e lixos afins, façam um favor a si mesmos: vão ver o homem. Depois não digam que não avisei.
Bob Dylan não tem contra-indicações. Mas não é biodegradável, que seria querer demais. É Bob Dylan, nego, e só isso, basta. E digo isso com o coração e os ouvidos cheios de planos. 2008 não será o mesmo depois que Dylan pisar o chão de São Paulo na minha frente. Nem eu serei o mesmo. Eu me conheço.
José Rocha
18 de dezembro de 2007
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