
Estou em Londrina. Mais precisamente, respiro Londrina, para onde voltei tem alguns meses – e onde quero permanecer por minha livre e espontânea vontade. Porque Londrina nos agarra e nos faz um laço entre o coração e a alma, nos faz amá-la, nos faz pedir a ela para ser adotado, para ter sua cidadania.
Estar em Londrina faz bem. Meus neurônios sabem disso. Todos os meus cromossomos – um por um – sabem disso. Londrina é uma moça bonita, de pernas torneadas e joelhos carnudos no calçadão. Londrina é uma moça de olhos grandes caminhando pelas margens do lago Igapó. Como não se apaixonar por ela?
Londrina, ah, minha Londrina, que aprendi a ver pelas lentes da minha máquina de fotografar as almas. Londrina, ah, minha Londrina, que aprendo a descrever sem a menor pressa, como quem espera – e sabe esperar – cada amanhecer, cada pôr-do-sol, cada canção de Arrigo milênio adentro.
Obrigado, Londrina, por me acolher de novo. Prometo me comportar e nunca mais ficar longe de você. Prometo ser fiel. Prometo, inclusive, ser tão londrino quantos seus passos e seus riscos – faróis – em suas ruas, viadutos e avenidas, como bem diria o bom compositor Itamar Assumpção.
Londrina, que como diz meu filho Thiago, não é uma cidade – “é um desfile de coisas bonitas, de gente bonita”. É, filho, você tem razão. Londrina (“olha quanta luz no céu/ olha um avião/ voando sozinho sobre o perobal”) é mais, muito mais do que uma canção de Arrigo - e ele sabe disso. O resto é mesmo só perfumaria.
José Rocha
18 de dezembro de 2007
Um comentário:
José
Também adoro Londrina,fui estudar lá ano de 63 e voltei para casa em 67.
Mas quando sobra um tempo ainda passo lá para abraçar meus parentes e meus amigos que são tantos.
Londrina,é uma cidade moderna,mas com estilo de vida interiorana,não muda,é sempre daquele jeito,por mais que cresça,não perde o ar da graça.No meu blog,já contei a história de uma grande amiga de escola,que hoje é uma grande empresária na cidade.
Temos gostos semelhantes.
Abraços...
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